Paisagem urbana e comunidade: diretrizes para espaços públicos em Mata Escura

Turma 2015-2016
ANDREA BIANCA RIBEIRO CHONG
Paisagem urbana e comunidade: diretrizes para espaços públicos em Mata Escura
Resumo do trabalho: 

O presente trabalho trata do processo e resultados das atividades de campo realizadas como parte Curso de Especialização em Assistência Técnica para Habitação e Direito à Cidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (RAU+E/UFBA) pelo grupo que atuou nos bairros de Mata Escura e Calabetão (Salvador/BA).

A escolha dessa comunidade para o desenvolvimento dos trabalhos de assistência técnica justifica-se por se tratar de uma área que se originou pela ocupação informal, onde predomina a população de baixa renda e a urbanização precária, com carência de investimentos públicos, sobretudo na infraestrutura urbana. Além disso, a comunidade de Mata Escura e a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA) já trabalharam conjuntamente em 2005 para o desenvolvimento de projetos para o bairro como parte de uma das disciplinas de “ateliê” da graduação, resultando na publicação Mata Escura: Plano de Intervenção (2005).

A atuação dos profissionais da RAU+E na comunidade foi dividida em eixos que atenderiam às demandas identificadas naquela realidade. São eles: Fluxos (sistemas de circulação e acessibilidade), Encontro (espaços de convívio e lazer), Paisagem (espaços públicos), Saneamento (manejo de resíduos sólidos) e Áreas Verdes (estabelecimento do Parque Teodoro Sampaio).

Todo o processo desenvolvido durante a RAU+E na comunidade (identificação de demandas, diagnóstico e propostas) foi baseado na participação popular e coletiva, considerada fundamental para que os projetos finais se constituíssem fruto da real necessidade e desejo dos moradores e membros envolvidos. Para tanto, além de muitas visitas de campo, a equipe de Residentes fez um de metodologias participativas e realizou o processo de interação com a comunidade através de Rodas de Conversas e Oficinas, além de estabelecer canais de contato e informação em redes sociais, aplicativos de comunicação e páginas virtuais.

O Eixo paisagem que é entendido, para além do elemento físico, como uma produção humana, um conjunto de elementos e objetos interligados, se propõe a trabalhar com a identificação de padrões de elementos nos espaços públicos comunidade e diretrizes de intervenções a partir das informações e anseios dos seus moradores, juntamente à análise técnica. Estas diretrizes para alguns espaços públicos da Mata Escura, sob a perspectiva de suas paisagens, que por suas características e representatividade, poderão servir de piloto e serem replicadas a outros espaços com atributos similares na comunidade.