A construção do Plano Popular do Corredor das Tropas: um processo de formação e reflexão de assessoria técnica em arquitetura e urbanismo.

O trabalho em desenvolvimento na quarta edição da Residência AU+E/UFBA apresenta o processo de atuação profissional dos residentes da Nucleação UFPEL – Pelotas/RS, desenvolvido junto aos moradores da Ocupação do Corredor das Tropas na região do Passo dos Negros, intermediado pelo Grupo de Estudos Etnográficos Urbanos (GEEUR/UFPel) e conta com a participação de outros agentes. A cidade de Pelotas está situada ao sul do estado do Rio Grande do Sul, com cerca de 340 mil habitantes. A região do Passo dos Negros, às margens do Canal São Gonçalo, tem a produção do espaço habitado marcada pela atividade charqueadora - baseada na exploração de pessoas negras escravizadas -, posteriormente pela implantação de vilas operárias precarizadas e insuficientes, e com a consolidação a partir de loteamentos criados pelo poder público, seguido por ocupações irregulares. Recentemente, essa área tem sido objeto de interesse de empreendimentos de incorporação e especulação imobiliária, tornando-se um território em disputa entre esses empreendimentos e os moradores de áreas de urbanização precária. O trabalho apresenta o processo de construção do plano popular que se desenvolve a partir de assessoria técnica ao processo de resistência à remoção e de disputa pela permanência qualificada dos moradores da Ocupação do Corredor das Tropas. O trabalho está dividido em quatro partes: pesquisa bibliográfica; relação com os interlocutores; processo junto aos moradores e ao território; e o “Plano Popular do Corredor das Tropas: uma contra-proposta para a disputa da produção do espaço habitado no Passo dos Negros, Pelotas/RS”. Palavras-chave: Assessoria técnica, Plano Popular, Direito à cidade, Pelotas-RS