Caracterização ambiental e análises das unidades de paisagem para a implantação do Parque Theodoro Sampaio
O presente trabalho tem como principal objetivo identificar as potencialidades e entraves existentes na área do Parque Theodoro Sampaio, de modo que se estabeleçam diretrizes ambientais e urbanísticas de ação e gestão. Sendo os objetivos específicos a identificação dos principais usos e apropriações dos espaços adequados para cada Unidade de Paisagem e proposta de distribuição de equipamentos e infraestrutura na poligonal. (...) A metodologia aplicada nas oficinas coletivas foi de grande importância para o entendimento das relações humanas e ambientais. As atividades aplicadas nos permitiram entender as seguintes questões:
a) Principais trilhas, caminhos e acessos existentes para a área verde.
A marcação de trilhas e caminhos mostram os fluxos principais utilizados pelos moradores e, junto com os corpos d’água e linha de alta tensão de energia, constituem os corredores dentro da poligonal do Parque. O corredor é um elemento que tem como principal função transportar as diversas espécies ou elementos que habitam determinada paisagem, como será explicado nos tópicos posteriores.
b) Principais atividades e ações que a população gostaria que fossem feitos no futuro Parque.
Estes elementos foram diagnosticados na oficina “O que queremos”, onde os moradores escreveram os principais desejos para a área, que resultou na necessidade de preservação do espaço verde e na implantação de espaços abertos de lazer e convivência;
c) Quais são as bordas do Parque mais vulneráveis e que sofreram maior supressão da massa vegetal.
A sobreposição de ortofotos de várias décadas mostra como se deu a urbanização dos bairros do entorno do Parque, e quais os trechos que mais tiveram perda de massa vegetal;
d) A relação dos moradores do entorno com a área verde.
As pessoas mais velhas têm maior conhecimento e afinidade com a área, utilizada principalmente como fonte de lazer e extensão da casa. A água das represas era usada para consumo da população, para lavagem de roupas ou para banho. Os jovens entrevistados não têm qualquer tipo de relação com a área verde. O que conhecem são fatos e histórias contadas por membros mais velhos da família.