Territórios da identidade: Praça Maria do Nascimento e José Pereira Braga
Turma 2017-2018
AMANDA ALVES SICCA LOPES
Territórios da identidade: Praça Maria do Nascimento e José Pereira Braga
Resumo do trabalho:
Este trabalho apresenta a experiência de Assessoria Técnica realizada em conjunto entre o Grupo de Pesquisa “Periférico, trabalhos emergentes” da UnB e Nucleação da UNB-FAU da 3ª. edição da Residência AU+E/UFBA ao Quilombo Mesquita, em Goiás. A pesquisa teve seu início em 2017 com o Trabalho de Conclusão de Curso realizado por Mariane Paulino sobre Planejamento Afrorrural e Inventário Participativo. A partir das demandas levantadas, os trabalhos da Residência foram divididos em dois projetos de pesquisa e extensão em arquitetura e urbanismo: Eixo 1 – Espaços Públicos; Eixo 2 – Espaços de Memória. O processo se inseriu em um cenário de profundo conflito, onde o Quilombo Mesquita se encontra ameaçado pela expansão da capital e pela acelerada valorização das terras da região do entorno de Brasília. A comunidade obteve sua certificação como território remanescente em 2006, por meio da Certidão expedida pela Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura, contudo, até a presente data, suas terras ainda não foram tituladas pelo INCRA. No meio do processo das atividades de extensão de assessoria técnica das universidades, o Quilombo Mesquita, que completou 272 anos de existência, foi golpeado pelo Conselho Diretor do INCRA para diminuir em 80% do território, onde as 785 famílias remanescentes de quilombolas, que ocupam menos de 20% do território, passando de 4,2 mil hectares para 761. Porém, a resolução que permitiria a redução do território foi revogada após notificação feita pelo Ministério Público. O caderno tem como objetivo apresentar, mais especificamente, o trabalho realizado no Eixo 01 – Espaços Públicos, o qual teve como produtos desenvolvidos para a comunidade um estudo preliminar para uma praça e diversos outros produtos gráficos. O trabalho pretende também levantar, a partir da narração do processo, alguns pontos críticos fundamentais em relação à experiência de extensão da academia em comunidades tradicionais, visando sempre o aprimoramento da assistência praticada pela universidade.