Autogestão e sustentabilidade: proposta de equipamentos comunitários do Condomínio das Mangueiras, programa Minha Casa Minha Vida, Entidades, Salvador - BA
Em empreendimentos do Minha Casa Minha Vida Entidades é comum que sejam elaborados apenas o projeto de implantação e execução das unidades habitacionais e negligenciam os espaços comuns destinados aos equipamentos comunitários. No Condomínio das Mangueiras não foi diferente, pois quando a equipe de assistência técnica chegou ao local, às residências já estavam em construção e os demais projetos relacionados ao convívio social e às áreas verdes não existiam, ainda que parte do orçamento seja destinada a implantação dos equipamentos comunitários e espaços livres do empreendimento. (...) Com o orçamento limitado para atender a demanda da comunidade, foi necessário pensar em uma alternativa que tornasse viável a sua implementação, pois não seria possível com métodos tradicionais de construção (em alvenaria). Consequentemente, era inevitável que a nova técnica fosse de baixo custo e impacto ambiental, como opção foi apresentada à comunidade, em uma das oficinas realizadas no local, a utilização de container que gastaria cerca de 30% (trinta por cento) a menos que a construção tradicional, além da enfatizar a importância da reciclagem e da sustentabilidade. Outro quesito essencial para o desenvolvimento do anteprojeto dos equipamentos comunitários é o curto prazo de execução, fator de extrema importância em empreendimentos que dependem das medições para liberação dos recursos financiados pela Caixa Econômica Federal. A construção modular simplifica intervenções à planta original sem demandar grandes reformas e permite que o container seja desmontado e transportado para outro terreno (...) Desta forma, a proposta deste anteprojeto justifica-se na opção por equipamentos comunitários em container que contribuirá para a diminuição do consumo de resíduo em obra; para reutilização, de forma sustentável de um bem que seria descartado; na agilidade de prazos de conclusão da obra e, principalmente, na viabilidade econômica das edificações, valorizando os espaços comuns destinados ao centro comunitário, guarita e estação sustentável.