Proposta de gestão compartilhada para a implantação do Parque Theodoro Sampaio, na área do "miolo" de Salvador - BA
A implantação de um Parque Urbano, nessa área, mostra-se importante por diversas razões: seja por suas características ecológicas – a permanência de uma significativa massa vegetal representativa do bioma Mata Atlântica, em estágio secundário de recuperação, que permitirá um refrigério das condições microclimáticas do Miolo e o abrigo da fauna nativa, dentre outras propriedades; seja por suas características sociais – situado na abrangência de 5 (cinco) bairros, residenciais em sua maioria, pode se tornar um equipamento urbano de lazer, socialização e educação ambiental da população local, até mesmo atingindo bairros situados em toda a cidade; e ainda por características econômicas/fundiárias – a maior parte de suas áreas são de propriedade da União, o que certamente dispensaria ao Município investimentos vultosos em aquisição de terras. O Parque, após a sua implantação, propiciará uma série de novos usos que potencializam a sua conservação, concorrendo para o bem-estar de um amplo contingente populacional. Para tanto, a sua gestão deverá seguir um modelo que permita acoplar a pluralidade de todos os agentes envolvidos no processo, para que haja a eficácia e permanência do equipamento urbano nesta área na cidade. A fragmentação da propriedade fundiária do Parque, poderia se tornar uma problemática caso fossem implementados os modelos tradicionais de gestão. Para tanto, o modelo proposto neste plano, e que se adequa com a realidade encontrada, será o da “Gestão Compartilhada”. Este novo instrumento de co-gestão proporcionará aos “Guardiões proprietários” e “Guardiões parceiros” do Parque - um maior entrosamento e trará comprometimento nas atividades de conservação, fiscalização, manutenção e permanência deste espaço, cada um sabendo a sua exata função. (...) A proposta da Gestão Compartilhada no plano para implantação do Parque, dar-se-á entre os “Guardiões do Parque Theodoro Sampaio”, sendo estes: os “Guardiões Proprietários” da área -União/MAPA, Município de Salvador e Terreiro Bate-Folha; além do “Guardiões Parceiros” como a ACOPAMEC e demais associações de bairro; o CETAS/IBAMA, a ONG PNPC/Condomínio Recanto Verde, e dos atuais degradadores, que com a mudança nas suas ações poderão salvaguardar e se tornar futuros guardiões do Parque.