Residencial Fazenda Grande 8B MCMV: fortalecendo práticas locais em áreas verdes e comuns pelo direito à cidade

Turma 2017-2018
OLÍVIA TEIXEIRA SANTIAGO
Residencial Fazenda Grande 8B MCMV: fortalecendo práticas locais em áreas verdes e comuns pelo direito à cidade
Resumo do trabalho: 

A privatização de áreas comuns tem sido fato recorrente em empreendimentos de habitação de interesse social no Brasil. No Residencial Fazenda Grande 8B (MCMV), em Salvador, Bahia, alia-se a esta problemática a degradação ambiental de áreas verdes internas e no entorno. Esta problemática relaciona-se às deficiências dos meios de gestão condominial impostos aos empreendimentos. Objetiva-se, assim, por meio da assistência técnica em Arquitetura e Urbanismo, propor projeto e ações que propiciem o fortalecimento das práticas locais coletivas e o estímulo à autogestão das áreas verdes e comuns do Residencial Fazenda Grande 8B (MCMV) promovendo o direito à cidade e melhoria da qualidade de vida. Este trabalho deriva da urgência em se tratar da relevância dos projetos urbanísticos como suporte para ações que alicerçam os moradores nos empreendimentos do PMCMV. Com o direito à moradia assegurado, os moradores seguem na conquista do direito à cidade que inclui também a vida urbana, cidadania e dignidade. A moradia deve ser composta também pela organização racional do entorno, sendo esta alcançada, primordialmente, por meio da transformação socioespacial organizada pelos grupos sociais. Parte-se do conceito da sustentabilidade integral como agente e diretriz de práticas socioambientais nas áreas verdes e comuns do residencial a fim de promover ambientes integradores, socialmente estimulantes, menos degradantes e economicamente rentáveis. Para tanto foram identificadas e analisadas as potencialidades e dificuldades das práticas socioambientais, dos desejos individuais e coletivos, e dos problemas socioambientais incidentes no residencial e entorno imediato. O presente projeto propõe a organização de usos das áreas comuns e o estímulo à autogestão das situações-problemas decorrentes da vivência cotidiana. O processo participativo deste trabalho resultou em ações práticas no território que estimularam a organização comunitária em prol da resolução de demandas existentes relacionadas ao transporte e à gestão condominial. Como resultados técnicos tem-se a contribuição propositiva para organização espacial e recuperação ambiental das áreas verdes e comuns do residencial.